O que é?
(Do grego mikrós,
pequeno + kephalé, cabeça). Também conhecida como Nanocefalia, caracteriza-se
pela deficiência do crescimento do cérebro, tanto pela dimensão da caixa
craniana, como pelo pequeno desenvolvimento do cérebro em si.
O tamanho da cabeça é
menor do que a média da faixa etária da criança ou do feto que não apresenta
essa doença. A Microcefalia pode desenvolver-se nos primeiros anos de vida
podendo ser adquirida, como pode ainda ser congênita. Poderá também ser fruto
da exposição a substâncias nocivas no decorrer da gravidez do feto em questão,
havendo a possibilidade da ligação à síndromes genéticas hereditárias.
Vários fatores podem
provocar alterações cerebrais ao feto durante a gestação e durante o decorrer
dos primeiros anos de vida.
Causas
- Congênitas
Diabetes materna não
controlada; Hipotiroidismo materno; Insuficiência placentária; Consumo de
álcool, drogas; Anomalias genéticas; Desnutrição; Exposição a radiação de
bombas atômicas; Infecções durante a gravidez, especialmente rubéola,
citomegalovírus e toxoplasmose.
- Pós Natais
Má formação do
metabolismo; Síndromes como: de Rett, de Cornélia de Lange, Cri du chat,
Rubinstein- Taybi, Sechel, Smith-Lemli-Orttz, Edwards, Down e Grito do Gato;
Infecções Intra-craneais (Encefalite e Meningite); Trissomia 13 ou 16;
Intoxicação por cobre ou mercúrio; Hipotiroidismo infantil; Anemia crônica
infantil; Traumas disruptivos (como AVC); Insuficiência renal crônica.
A Microcefalia é
caracterizada quando a cabeça da criança, com um ano e três meses é menor que
42 centímetros. Isso acontece devido ao fato dos ossos da cabeça, que estão
separados ao nascer se unirem muito cedo, impedindo o crescimento do cérebro
dentro da caixa craniana.
Sintomas
O sintoma mais
característico é o tamanho da cabeça proporcionalmente menor do que a de
crianças do mesmo sexo e idade. A Microcefalia primária promove hipertonia
muscular generalizada, paralisia, convulsões e atraso mental.
A Microcefalia
secundária vária segundo o tipo de gravidade da malformação. Na maioria dos
casos s funções cerebrais são pouco desenvolvidas, provocando assim um profundo
atraso mental.
Crianças podem
apresentar: Atraso Mental; Déficit Intelectual; Paralisia; Convulsões; Rigidez
dos Músculos.
Diagnóstico
É feita a medição do
tamanho da cabeça, medindo-a em torno do seu topo, (região mais larga) chamada
de perímetro cefálico. Com um padrão já bem estabelecido de crescimento, as
medidas tomadas serão comparadas a outras do percentil, também apuradas de
outras crianças normais.
Os crânios em condições
normais, no momento do nascimento, possuem um perímetro de variável entre 33 a
36 centímetros e aumentam no decorrer dos primeiros anos de vida e acompanham o
crescimento do encéfalo. Nos primeiros seis meses o crescimento é avançado,
após o nascimento (7 a 8 centímetros) chegando aos 46 a 48 centímetros, no
final do primeiro ano de vida.
Crianças com
Microcefalia apresentam crescimento abaixo da média. Será pedido por um médico,
um histórico completo do pré-natal do paciente com essa anomalia e também do
seu nascimento e crescimento. Será feito um exame físico, incluindo exame
neurológico.
Um histórico familiar
para se aferir medidas da cabeça dos pais no intuito de averiguar se há caso de
microcefalia na família.
Exames de tomografia
computadorizada, ressonância magnética e exames sanguíneos, vão ajudar na
avaliação das reais origens da patologia instalada.
Entrar em contato com o
diagnóstico da Microcefalia pode ser muito difícil para os pais, podendo gerar
diversos sentimentos como profunda tristeza, culpa, medo, raiva, por isso é
aconselhável à procura de:
Ajuda de profissionais
que já lidam com o problema e estão aptos a dar um suporte para lidar com a
situação, inclusive emocionalmente, terapeutas experientes.
Buscar também a
proximidade de outras famílias que passam pela mesma situação e encontrar assim
um apoio psicológico emocional.
Tratamento
Não há tratamento da
Microcefalia, mas existem procedimentos para amenizar os efeitos da ocorrência,
no que diz respeito ao desenvolvimento mental da criança.
A cirurgia realizada
nesse caso, é feita no momento em que o fechamento dos ossos da cabeça é constatado,
no período dos dois primeiros meses de vida do bebê e o procedimento visa abrir
as suturas dos ossos, evitando que o crânio se feche, comprimindo o cérebro,
impossibilitando-o de crescer.
Quando a Microcefalia é
tardiamente detectada, o tratamento visa diminuir as consequências e sequelas
provocadas pela anomalia e refletidas na criança de maneira a debilitar o seu
desenvolvimento intelectual.
REFERÊNCIAS:
SAUDEMEDICINA.COM. Microcefalia. Disponível no site: http://www.saudemedicina.com/ microcefalia/. Acesso: 08 Ago 2016.